Na mais recente edição do programa Análise Política da Semana, dentre os diversos temas abordados por Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), destaca-se o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Marco Civil da Internet e seu impacto na liberdade de expressão. Segundo ele, o STF ultrapassou sua função constitucional ao criar um departamento de monitoramento de conteúdos na Internet, concentrando poder estatal sobre a comunicação digital.
Rui Pimenta argumentou que a censura nas redes sociais tem sido impulsionada pelos interesses sionistas, que visam ocultar o massacre em Gaza. Ele afirmou que plataformas como Facebook e Instagram já restringem conteúdos críticos, forçando usuários a recorrer a redes alternativas como X e Telegram. “Se você quiser ver o que está acontecendo em Gaza, Facebook e Instagram não funcionam, é tudo censurado”, denunciou.
Pimenta também fez duras críticas à política da esquerda brasileira, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT). Para ele, o PT se adaptou ao regime político e passou a apoiar políticas reacionárias como a proibição do uso de celulares nas escolas de São Paulo. “O PT defende o regime político que diz ser democrático, mas que na verdade é antidemocrático”, afirmou.
Ainda no plano nacional, Rui Costa Pimenta denunciou que o STF age como um “braço do imperialismo no Brasil”. Ele criticou setores da esquerda que veem as medidas autoritárias do Supremo como defesa da democracia, afirmando que censura jamais pode ser considerada uma prática democrática.
Sobre a situação na Síria, Rui Costa Pimenta analisou a fragilidade do regime de Bashar al-Assad, consequência do embargo imperialista e da guerra civil contínua. Ele explicou que regimes nacionalistas enfrentam uma posição de equilíbrio instável entre apoiar as massas populares e temer sua mobilização. “Governos nacionalistas são, por natureza, equilibristas”, pontuou, destacando que o desgaste político e econômico levou ao enfraquecimento do regime sírio.
Por fim, Rui Costa Pimenta destacou que a atual conjuntura global evidencia uma intensificação das políticas imperialistas e a necessidade de resistência popular contra essas ofensivas. Segundo ele, sem mobilização das massas, regimes nacionalistas tendem a sucumbir diante das pressões imperialistas e internas.
