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Índios

Os índios no Brasil correspondem a 1.693.535 pessoas, o que representa apenas 0,83% do total de habitantes. Conforme o IBGE, pouco mais da metade (51,2%) da população de índios está concentrada na Amazônia Legal, representando 305 etnias diferentes, sendo que 36,2% vivem em área urbana e 63,8% na área rural.

Existem hoje, no Brasil, 731 Terras Indígenas (TI) em diversos estágios do processo de demarcação até a sua homologação e registro em cartório. Dessas, 58% se encontram nos domínios da chamada Amazônia Legal. A Amazônia Legal é a denominação oficial do Bioma Amazônico dentro do território nacional. As outras 304 TIs se encontram nas áreas fora da Amazônia, como o Cerrado, o Pantanal, Mata Atlântica e os Pampas.

Quando levado em conta o tamanho das TIs, as situadas na Amazônia brasileira são a esmagadora maioria. Na região Amazônica, as TIs em todos os processos demarcatórios perfazem 115.294.899 hectares contra 2.082.654 hectares no restante do País. Ou seja, 98,22% da área total de TIs se encontra na Amazônia Brasileira.

Os índios estão na camada da população mais pobre, na camada que mais depende das políticas assistenciais do Estado e na camada mais vulnerável à fome e doenças de fácil tratamento devido à falta de políticas de desenvolvimento econômico e de condições de vida, como tratamento médico ou de renda, vivendo basicamente de assistencialismo.

Outra informação importante é em relação ao direito a terras, pois há muitos índios que lutam pela demarcação e enfrentam a violência do latifúndio e do Estado, principalmente nos que vivem fora da região amazônica e que não são “observados” pelo imperialismo e seus capachos.

A situação de miséria dos índios, além da falta de terras, é a impossibilidade de se desenvolverem economicamente, algo que poderia ser feito pelos próprios índios, caso fosse de seu interesse.

Há uma enorme legislação, impulsionada por ONGs financiadas pelo imperialismo, para impedir a exploração econômica dos recursos naturais, que poderiam ser revertidas para a melhoria das condições de vida dos índios e da menor dependência de assistencialismo e do Estado.

A luta dos índios deve ser inserida na luta dos trabalhadores sem terra pela reforma agrária, pois somente com a reforma agrária as TIs serão demarcadas e com tamanho necessário para os índios viverem e terem condições econômicas de se desenvolverem, e não apenas para interesses dos países imperialistas que tratam os índios e as TIs como verdadeiros zoológicos e áreas de preservação ambiental.