Uma das principais bandeiras da extrema direita brasileira é a defesa da pena de morte, traduzida no folclórico “bandido bom é bandido morto”, o que foi, dentre tantas outras políticas da direita nacional, uma importação escancarada do que defende a direita mais forte do mundo, a norte-americana.
No Brasil a pena de morte não prosperou. Nem mesmo a prisão perpétua, que, junto com a pena de morte, são duas medidas de grande propaganda da direita norte-americana. Esta também não chegou nem perto de ser acolhida pelo regime brasileiro, o que é positivo.
Tais penas guardam os resquícios da inquisição, e, como parte da evolução geral do ser humano, da civilidade das pessoas, não deveriam mais existir enquanto penas. Na realidade, qualquer pena de prisão, nos dias de hoje, se reveste da mais completa desumanidade, basta ver as penitenciárias brasileiras, nas quais a permanência por uma hora já é uma tortura, independente do crime que se visa punir.
Um regime burguês jamais deveria ter autorização para matar quem quer que fosse. Basta ver a atuação da Polícia Militar que, mesmo sem pena de morte, ela mesma já é responsável pelos maiores índices de execução cometidos pelo Estado. Tal como propõe o Partido da Causa Operária (PCO), na realidade, as duas deveriam acabar: a pena de morte e a própria Polícia Militar, a pena de morte extra-oficial do estado brasileiro.