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Privatizações

Operações destacadas para surrupiar a riqueza nacional, especialmente dos países atrasados, mas também intensificando a exploração nos países imperialistas, as privatizações são uma das principais formas do ataque imperialista à classe operária.

Nos países pobres, trata-se de atribuir a exploração dos recursos naturais especialmente às empresas imperialistas, a troco de pouco ou nada para o país dominado, além de garantir que o mesmo não se desenvolva ao ponto de competir com o imperialismo ou de gerar aumento na produção de determinados produtos.

Um bom exemplo disso é o caso do Níger, que, dominado pela França, vendia a esta seu urânio ao custo de 0,80 euro por quilo, o que aumentou, após a expulsão dos franceses, para o valor de mercado de 200 euros por quilo, um aumento de 250 vezes, ou 2.500%.

Já no Brasil, vimos a privatização e subsequente fechamento das operações de nitrogenados da Petrobrás, fertilizantes amplamente utilizados no mercado interno para a produção agrária. A própria Petrobrás, e sua política de preços, é outro exemplo dos danos que essa política causa.

Parcialmente privatizada, a empresa se defronta com uma gigantesca pressão interna por parte dos acionistas, reduzindo os investimentos no País ao passo em que aumenta os repasses acionários, sendo a mais lucrativa do mundo nesse sentido.

Na Petrobrás, a questão se reflete ainda na paridade de preços de combustíveis no mercado interno brasileiro com o mercado internacional, permitindo o ingresso de petroleiras imperialistas no Brasil, algo impossível caso a Petrobrás praticasse o preço que poderia, sendo nacional, desbancando todas as outras. Ou seja, uma rapina da economia brasileira, e isso apenas com a privatização parcial da empresa.

Tanto nos países atrasados como no seio do imperialismo, temos também a privatização dos setores de serviços, com destaque para os mais caros à classe operária, como educação e saúde, que se tornam objeto de especulação, e não um direito universal.