O PCO faz uma intensa campanha em defesa do futebol brasileiro. O partido entende que o futebol é um dos maiores patrimônios culturais do povo brasileiro. O esporte, tal como ele é jogado atualmente, com velocidade, dribles, gingas, é uma criação brasileira. O Brasil transformou um esporte relativamente estático, criado pelos europeus, em algo criativo, bonito e artístico.
Nesse sentido, Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Zizinho, Leônidas da Silva, entre vários outros craques devem ser considerados como impulsionadores de um novo método, que revolucionou o futebol e o transformou no esporte mais popular do mundo.
Foi a classe operária – principalmente negra – do Brasil que deu ao futebol seu caráter de massas. Não apenas pela revolução que promoveu na forma de se jogar futebol, como também no jeito em que se organizou para promover o esporte no País. Os clubes de futebol são, em sua maioria, resultado da organização militante do povo brasileiro para formar os primeiros clubes, criar os primeiros torneios, produzir os primeiros uniformes, construir os primeiros campos e os primeiros estádios.
Com a popularização do futebol ao redor do mundo, o esporte se tornou o principal centro de especulação capitalista no meio esportivo. O caráter parasitário do imperialismo também aparece no futebol. Os capitalistas buscam de todas as formas transformar um esporte legítimo da classe operária em mais uma forma de obter lucros exorbitantes.
O Brasil, na condição de país capitalista oprimido, é alvo de um constante processo de sabotagem, que serve para manter o domínio do esporte pelo imperialismo. Por exemplo, o País do futebol, maior vencedor da Copa do Mundo, não pode simplesmente vencer a Copa, pois isso não atende os interesses dos capitalistas ingleses, franceses, alemães, entre outros.
A vitória de uma seleção europeia, por outro lado, envolve o estímulo do mercado interno da Europa, além de fatores políticos para os países europeus. Precisam, então, conter o melhor futebol do mundo. A política imperialista contra o futebol nacional é ainda mais agressiva no período que vivemos, justamente pela profunda crise do imperialismo mundial.
O PCO, desta forma, se coloca na contramão da política de sabotagem. Defende o futebol brasileiro como o melhor do mundo e denuncia as artimanhas dos países imperialistas para sabotar o Brasil. Essas manipulações são perceptíveis com os fatos que decorrem ao longo dos anos. Mas o raciocínio lógico já revela o esquema.
Nas outras modalidades de futebol — areia, futsal, fut7 — o Brasil é soberano absoluto, muito distante de qualquer outro país. No entanto, no futebol de campo, o que envolve mais interesses capitalistas, temos cinco títulos mundiais, e, apesar de sermos o País mais campeão, somos seguidos de perto por italianos e alemães, com quatro títulos cada um. A conclusão óbvia é que, não fosse a manipulação capitalista, o Brasil teria ainda mais distância com o resto do mundo.
Assim, o PCO, ao defender a Seleção, se coloca em oposição completa à política de controle do esporte pelo imperialismo. O PCO se coloca na defesa do patrimônio da classe operária nacional e, portanto, da luta dos povos oprimidos contra os monopólios capitalistas.