Ao denominar o imperialismo como “fase superior do capitalismo”, Lênin sintetizava que, tal etapa do modo de produção capitalista era a etapa de sua superação por outro sistema econômico. E como havia provado Marx e Engels, esse novo sistema só pode ser o socialismo.
Tal afirmação é importante porque joga luz sobre a inevitabilidade da revolução e do socialismo, ideia que, embora dita abertamente pelos marxistas, é frontalmente atacada hoje, inclusive pela esquerda. Mais ainda, a compreensão de que estamos numa etapa transitória, ou seja, revolucionária, implica em que as organizações devem adotar uma política abertamente revolucionária, que esteja de acordo com tal etapa e prepare a classe operária para a tomada do poder.
No entanto, a definição de imperialismo não se limita à afirmação de sua característica transitória. Lênin, em seu livro, também mostra que essa fase é o período de mais intensa rapina por uma pequena parte de capitalistas concentrados nos países de economia plenamente avançada contra a esmagadora maioria dos povos.
Por isso, o imperialismo, como o é todo o processo histórico, é um período contraditório. É a crise do sistema capitalista, mas, ao mesmo tempo, o momento de maior ataques contra a classe operária. É como um doente terminal que se debate na cama, nos seus últimos esforços de vida.
O imperialismo é um problema fundamentalmente econômico, como afirma Lênin. Suas características fundamentais são a formação dos monopólios, o predomínio do capital financeiro e a partilha do mundo entre as nações imperialistas.
Para garantir esse domínio, o imperialismo impõe uma ditadura sobre os demais países e os povos do mundo. Ele é, portanto, o principal inimigo da classe operária mundial. A derrota do capitalismo imperialista em nível mundial é a derrota do próprio capitalismo como sistema econômico. Por isso, um partido revolucionário deve apoiar todas as iniciativas que enfraquecem o imperialismo e mostrar claramente à classe operária quem é o seu principal inimigo.