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Voto impresso auditável

O problema do voto impresso e da população ter acesso a um comprovante real de confirmação de seu voto é uma questão chave na luta contra o total controle da burguesia sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Ao contrário do que dizem setores da esquerda pequeno-burguesa, defender o voto impresso não significa defender o voto em papel. O problema da urna eletrônica não está na forma em que o cidadão vota, mas sim no que vem depois disso: a contagem.

Atualmente, após a votação, o número que aparece nos boletins de urna e, posteriormente, o número que é apresentado pela Justiça eleitoral não pode ser contestado. Tanto porque fazê-lo é extremamente difícil, necessitando de grande conhecimento técnico; quanto porque mesmo que se tenha um resultado, não é possível compará-lo a outra fonte, e é esse o problema fundamental.

Voto impresso e auditável significa: o cidadão escolhe seu candidato e, no momento em que ele confirma sua escolha, um papel é impresso por uma impressora adjacente à urna que, sem interferência humana, despejaria esse papel em uma outra urna lacrada.

Com isso, ao mesmo tempo em que o sistema do TSE registraria o voto coletado pela urna eletrônica, o voto impresso seria guardado para que o número aferido pelo sistema fosse comparado com o número aferido por meio da contagem de cada papel emitido pela urna.

É comprovado, e admitido mesmo em países imperialistas como a Alemanha, que o voto não auditável fere os princípios básicos dos direitos democráticos da população. É fato, também, que as eleições são um terreno de fraudes organizadas pela burguesia – exemplos não faltam em toda a história brasileira -, um jogo de cartas marcadas.

O processo eleitoral no Brasil deveria ser impresso, auditável, de fácil conferência, de fácil recontagem e, além de tudo, de conhecimento aberto e claro de toda população. Todo o processo eletrônico, computadorizado, dificulta o entendimento popular, camufla o sistema e abre brecha para que burguesia manobre em prol de interesses particulares.