Uma das principais reivindicações defendidas pelo PCO, juntamente com o coletivo de negros João Cândido é a extinção completa de todo o aparato de repressão do Estado burguês, em especial, as polícias.
As polícias federal, rodoviária, estadual e, agora, também as municipais, são instrumentos claros de repressão da burguesia contra a população. Estes órgãos da burocracia estatal são um braço armado do Estado burguês contra a população. Armadas até os dentes, invadem os bairros pobres e favelas do País a pretexto de combate ao tráfico ou o que chamam de “crime organizado”, aterrorizando a classe operária brasileira.
Dentro dos bairros pobres, torturam, prendem e matam pessoas que nada tem a ver com o crime. O que alegam ser “confrontos” com bandidos, noticiados somente quando deixam um rastro de assassinatos, são praticamente todos desmentidos por testemunhas. São centenas de milhares de denúncias de que transeuntes e trabalhadores são alvos a luz do dia dos fuzis e metralhadoras desses cães de guarda do Estado.
É preciso colocar um fim à chacina perpetrada pela polícia. Contrariando a vontade da burguesia, a população deve exercer sua própria segurança. Cada vila, cada bairro, cada comunidade, cada local de trabalho, através do voto popular, devem escolher pessoas as quais serão responsáveis por fazer a segurança do local ou região. Isso é controlado e organizado pelo próprio povo por meio de comitês de autodefesa. O representante escolhido tem ligação direta com a população, conhece as pessoas do local, as identifica e toma decisões junto à comunidade.